Qual é a diferença entre ciclorrota, ciclovia e ciclofaixa?

ciclovia e ciclofaixa

Com o importante aumento do número de bikes no trânsito e a conscientização sobre os efeitos positivos de pedalar para a saúde, nada mais natural do que os ciclistas conquistarem alguns direitos relevantes. Nesse contexto, criações como a ciclorrota, a ciclovia e a ciclofaixa surgiram para ajudar não só os amantes de bikes, mas os condutores de outros veículos e os pedestres. Contudo, pode ser difícil diferenciar esses três modelos.

Pensando nisso, preparamos um post especial para que você tire todas as suas dúvidas sobre essas vias. Boa leitura!

Quais são as diferenças entre ciclorrota, ciclovia e ciclofaixa?

Para que você entenda bem a diferença entre esses modelos, nada melhor do que abordar cada um deles separadamente, não mesmo? Vamos conhecê-los.

Ciclorrota

A ciclorrota nada mais é do que um caminho, que pode ou não ser sinalizado, que representa a rota recomendada para o ciclista chegar a um destino, ponto turístico ou até mesmo um circuito.

Desse modo, podemos dizer que a ciclorrota, ao contrário dos outros termos que discutiremos aqui, é mais um trajeto do que uma determinada faixa na via. Além disso, ela não é realmente um trecho separado ou uma zona de segurança como as outras duas.

No entanto, é possível encontrar ciclorrotas que usem os recursos das ciclofaixas e ciclovias, parcial ou totalmente. Elas também podem ter o trajeto determinado nos chamados espaços compartilhados, como calçadas e passarelas.

Para entender de vez, a ideia da ciclorrota é ligar os pontos de interesse e indicar o caminho que o ciclista deve fazer com segurança. Nela, as bikes, os carros, as motos e os ônibus trafegam juntos.

A principal intenção, aqui, é que haja respeito mútuo entre os diferentes condutores. As rotas são sinalizadas para que os motoristas de automóveis e motos fiquem atentos, já que aquele trecho sinaliza que há circulação de bikes.

Ciclovia

A ciclovia é, talvez, o termo mais utilizado em reportagens sobre o tema, até porque o conceito é fácil de entender: é um espaço totalmente reservado para o fluxo de bicicletas.

Ela se caracteriza por uma separação física, que isola os ciclistas dos outros veículos e também dos pedestres. Diversos elementos podem representar essa divisão, como:

  • muretas;
  • grades;
  • meio-fio;
  • blocos de concreto.

Além disso, outra característica marcante é que elas contam com uma cor diferente, para deixar a separação bem clara. As ciclovias estão mais presentes em avenidas e vias expressas, servindo para proteger os ciclistas do tráfego intenso e rápido. E também evitam que os motoristas invadam essa via exclusiva.

Podemos também falar da ciclovia operacional: nessa ciclovia, instalam uma faixa temporariamente nas vias, operada por agentes de trânsito durante eventos que reúnam muito tráfego. Nesse caso, cones, fitas e outros elementos separam a faixa, isolando os ciclistas.

Ciclofaixa

Diferente da ciclovia, a ciclofaixa não conta com uma separação física. Isso porque ela é apenas uma faixa pintada no asfalto, sem muretas ou grades, como nas ciclovias.

Os “olhos de gato” são sinalizações nas ruas capazes de refletir a luz dos automóveis, indicando os limites de uma rodovia durante trajetos noturnos. Já as tartarugas são aqueles blocos amarelos, em sequência, que encontramos em ruas. Ambos podem ser utilizados para separar uma ciclofaixa de faixas de ônibus, por exemplo.

Geralmente, a utilização de ciclofaixas é mais indicada nos locais em que o trânsito de veículos é mais tranquilo, sem o tráfego em altas velocidades. Outro fator que as diferencia das ciclovias são os custos.

Isso porque instalar uma ciclofaixa é bem mais barato, já que ela utiliza a estrutura da via que já existe. É justamente por esse motivo que elas costumam aparecer com mais frequência, seja em grandes cidades ou não.

Inclusive, um fato curioso é que muitas demarcações que são consideradas ciclovias são, na verdade, ciclofaixas. Um exemplo clássico é a marcação no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Na prática, o que encontramos ali é uma ciclofaixa, já que não há uma separação física entre o restante da via e aquele espaço reservado aos ciclistas. A presença ou não de elementos como muletas ou grades é o que determinará a diferença entre os dois.

Por fim, tanto a ciclovia como a ciclofaixa podem ser unidirecionais (quando apresentam um único sentido de circulação) ou bidirecionais (sentido duplo de circulação).

Qual é a importância das vias destinadas aos ciclistas?

Todas essas três opções são importantes para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte, mostrando a essas pessoas que andar de bike pode ser seguro. Além disso, quanto mais ciclistas, menor o número de veículos no trânsito pesado — reduzindo os congestionamentos e o estresse que causam.

A própria existência de uma ciclovia exige que os motoristas de automóveis reconheçam que os ciclistas também utilizam as ruas, compartilhando dos mesmos diretos que os outros cidadãos.

Além disso, elas também contribuem para a redução de acidentes com carros, motos e bikes, pela demarcação especial para os ciclistas. Isso faz com que as bikes circulem em uma velocidade mais segura para o condutor, sem a necessidade de acompanhar o fluxo do tráfego geral.

Do ponto de vista da segurança, elas são essenciais. Com uma ciclovia, por exemplo, um acidente comum tem menos chances de ocorrer. Por exemplo aquele no qual o motorista abre a porta do carro sem observar os seus arredores e atinge o ciclista.

Como se não bastasse, as ciclovias e ciclofaixas também são essenciais do ponto de vista dos direitos dos ciclistas. Isso porque elas os obrigam a obedecer a certas regras de trânsito, sem atitudes inesperadas que possam afetar a segurança dos motoristas.

Qual é a importância dessas vias para os outros veículos?

Para os pedestres, a ciclovia é uma proteção adicional. Isso se explica pelo fato de que eles não serão surpreendidos por uma bike que circule na contramão do tráfego, por exemplo. Elas também oferecem uma faixa que separa a calçada da pista de circulação dos carros.

Por fim, as ciclovias e ciclofaixas também facilitam o trabalho dos motoristas de outros veículos, já que elas facilitam a visão das faixas de pedestres. Como pudemos ver no artigo, todas essas três opções são essenciais para encorajar o uso de bikes, que poluem menos e ainda são essenciais para a melhoria geral da saúde dos usuários.

Agora que você já sabe as diferenças entre ciclorrota, ciclovia e ciclofaixa, pode pedalar tranquilo e consciente das características de cada uma. Essas informações também são relevantes para pedestres e condutores de outros veículos — dessa forma, todos podem coexistir no trânsito brasileiro!

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